Destino eterno – O ser humano foi criado mortal ou imortal?

A fim de compreender o conceito bíblico de imortalidade precisamos fazer uma clara distinção entre a imortalidade inerente a Deus e a imortalidade condicional das Suas criaturas. A Bíblia afirma que Deus é “o único que possui imortalidade” inerente em Si mesmo (1Tm 6:16). Como a única Fonte da vida, Deus concedeu originalmente o dom da imortalidade a todas as Suas criaturas, na condição de que estas continuassem vivendo em plena comunhão com Ele. Portanto, o estado de imortalidade no qual o ser humano foi originalmente criado não era algo inerente em si mesmo, mas derivado do relacionamento com Deus.

Quando Adão e Eva se separaram de Deus, pelo pecado, perderam o dom da imortalidade, tornando-se sujeitos à morte (Gn 3). Paulo esclarece que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23) e que pelo pecado de Adão entrou a morte no mundo (Rm 5:12). O homem natural, separado de Cristo, permanece em estado de total alienação espiritual (Is 59:2; Ef 2:1 e 5) e haverá de sofrer finalmente a morte eterna e a completa destruição (Ml 4:1). Por outro lado, aqueles que aceitam a Cristo como Salvador pessoal obtêm dEle, já nesta vida, a garantia da vida eterna (1Jo 5:12) e receberão, por ocasião da segunda vinda de Cristo, o dom da imortalidade (1Co 15:51-54).

É certo que muitos cristãos, ao longo dos séculos, creram e ainda continuam crendo que o ser humano possui uma alma imortal que habita em um corpo mortal. Essa alma permaneceria viva e consciente mesmo após a morte do corpo. Mas Oscar Cullmann, em sua célebre obra intitulada Immortality of the Soul or Resurrection of the Dead? The Witness of the New Testament (Imortalidade da Alma ou Ressurreição da Morte? O que diz o Novo Testamento), demonstra que essa teoria não é um conceito bíblico, mas uma reminiscência da filosofia grega. A Bíblia diz que o homem é um todo indivisível (Gn 2:7), e que nenhuma de suas partes continua existindo conscientemente separada do todo (ver Sl 115:17; 146:4; Ec 9:5 e 10).

Fonte: Alberto Timm, Sinais dos Tempos, maio/junho de 2001. p. 30.

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Uma resposta para Destino eterno – O ser humano foi criado mortal ou imortal?

  1. Galhardo disse:

    Amigos permitam-me levar esse texto de I Timóteo 6.16 ao conhecimento de alguns…, é certo pensar e afirmar que o apóstolo Paulo está se referindo somente a Deus o Pai, porém analisando com cuidado os textos anteriores e capítulos, percebo que ele está falando não só do pai, porém de Jesus Cristo tbm ser único e imortal. Veja: “Ora, ao Rei eterno, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.” (I Timóteo 1.17); o verso 16 do mesmo capítulo diz: “Mas por isso alcancei misericórdia, para em mim, o principal, Cristo Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos q haviam de crer nele e receber a vida eterna.” Ora somente um que é eterno poderia conceder a eternidade. Percebe? “No verso 17 chama-o de Rei eterno, imortal, invisível, ao único Deus…” O mesmo q, o capítulo 6.16, vemos então uma igualdade de unicidade, imortalidade, invisibilidade, e deidade (Deus). Poderia alguém afirmar que no verso 17, Paulo está se referindo a Deus o Pai, porém quem se declarou rei? “Jesus, pois, ficou em pé diante do governador; e este lhe perguntou: És tu o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: [Eu Sou, Tu o dizes (algumas traduções] É como dizes.” (Mateus 27.11). Em outra ocasião ao ser interrogado se estava se fazendo rei, Ele disse: “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui.” (João 18:36). Percebeu? O reino dele não é o terrestre, mas o celestial (céu). Uma expressão concreta e objetiva de seu reinado. Na escolha dos seus filhos fiéis: “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” (Mateus 25:34). Observe que Ele está se referindo a Ele mesmo, embora usando a terceira pessoa do singular para se referir a si próprio. O dizer de Pilatos a Jesus confirma ser Ele rei. “E Pilatos escreveu também um título, e o colocou sobre a cruz; e nele estava escrito: JESUS O NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.” (João 19:19). Quanto ao reinado eu não duvido que muitos saibam disso, o q temos q deixar claro é q “único” Quando Deus pede para Abraão oferecer seu filho Isaque, “Prosseguiu Deus: Toma agora teu filho; o teu único filho, Isaque, a quem amas; vai à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que te hei de mostrar. “(Gênesis 22:2). Deus usa a palavra “teu único filho”, porém sabemos q Abraão tinha outro filho, e q era primogênito. O próprio Jesus confirma ser o Pai “único” “Respondeu Jesus: O primeiro é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Marcos 12.29). Repare agora, compare com esse outro: “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (I Coríntios 8:6). Percebeu? Jesus diz haver um só Senhor no sentido de “único”, por outro lado vemos Paulo dizer ser Cristo um só Senhor, tbm no sentido de “único”. Aonde quero chegar com isso tudo? A expressão “único” é usada de forma há designar a pessoa e não no sentido a qual vemos, ou seja, q somente é “único” sentido sozinho. Não, não é. A palavra único quer dizer: Somente aquele na espécie. Ex. Meu irmão é o único na espécie e não existe outro igual, mas sabemos q ele tem um irmão (eu) q parece com ele, e faz tudo o q ele mesmo faria. “Eu e o Pai somos Um” (João 10.30). Se a palavra “Um ou único” no sentido de um somente fosse verdadeiro, Jesus não poderia tê-la usado. “um
    Art. indef. Individualiza de modo indeterminado, o substantivo: Um aluno do Pedro. Adj. Uno único, só. Num. 1. Cardinal. Designativo da unidade. 2. Ordinal. Designativo do primeiro de uma série ou ordem. S. m. Algarismo representativo do primeiro dos números inteiros. O número um: o melhor, o máximo; o mais excelente. Só. (dicionário Michaelis). Isso quebra de modo irrefutável a doutrina de unitarismo (é uma corrente de pensamento teológico que afirma a unidade absoluta de Deus). Até mais!

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